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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Sambalanço: "A macacada reunida!"


Texto: Guilherme Lanna
Foto: http://www.flickr.com/photos/mundomico/page5/

Sair da cidade, quando é possível, sempre é uma ótima opção. Respirar ar puro, estar próximo da vegetação nativa e ver construções antigas que lembram o interior é um refresco para alma. E quando você junta a banda Ricardo Ulpiano e Sambalanço e gastronomia em um local como Macacos? Tudo leva a crer que não há programa melhor.

 Quem está acostumado a ver o Sambalanço movimentando as casa de show em Belo Horizonte teve oportunidade de ver um show diferente no Mercado Mundo Mico, em Macacos (Nova Lima), neste sábado. Além do cenário conspirar a favor, pela natureza exuberante da região, o local do evento é quase um museu de arte.  Administrado pelo músico Gilberto, banda Ôncoto, a decoração do restaurante bistrô, Mercado Mundo Mico, tem várias peças de artísticas feitas com material aproveitado.  Pinturas e esculturas feitas com ferros retorcidos também compõem artisticamente o ambiente. Outro detalhe interessante são os instrumentos feitos com madeira da região vendidos por lá. Um deles é o famoso Digeridum, instrumento de sopro tradicional da Austrália, além de sax, flautas e paus de chuva.

Ricardo Ulpiano e o Sambalanço chegaram cedo ao local e preparam o som de acordo com o ambiente. A proposta era fazer um samba mais suave, até mesmo porque não dava pra fazer todo mundo dançar no horário do almoço. Era fácil perceber que as pessoas estavam ali para relaxar e não para dançar, e isso tinha de ser respeitado. O público foi chegando aos poucos.


No local, crianças, casais, amigos batiam papo e interagiam diretamente com a banda.  O Sambalanço aproveitou o clima e tratou de relaxar também. A primeira piada do dia foi do Ricardo Ulpiano em relação aos óculos pretos do saxofonista Emiliano. “Vamos começar Ciclóps?”  O restante da banda também estava curtindo o momento. Odilon, baixista, sempre rindo à toa, tomava sua cerveja feliz da vida e Feijão, bateria, era só sorriso também.

No repertório, as tradicionais músicas do samba de balanço. Bebete vão Bora, Pensamento Verde, Eu bebo sim, Gostava tanto de você e Primavera foram algumas das canções que divertiram a galera. Teve tempo também da banda apresentar uma das canções próprias de Ricardo Ulpiano, Carinhos. Um dos detalhes diferentes do show foi à participação do Gilberto. O que seria um momento tornou-se quase um show de rock n roll em meio ao samba. Liderados pelo convidado, o Sambalanço teve de improvisar e todos se saíram muito bem. Destaque para os solos de saxofone do Emiliano que o fez levantar da cadeira.

No final, um ótimo macarrão foi servido e um bate papo sobre mercado musical, cultura e arte embalou às horas sucedidas no local.  Um dia perfeito..

História de Macacos
Macacos é cercada por rios e montanhas, próximo a Belo Horizonte. Localizado a 25 km de Belo Horizonte, o distrito de São Sebastião das Águas Claras, também conhecido como Macacos é um vilarejo. Uma de suas primeiras construções é a igreja de São Sebastião, construída em 1718. O povoamento do distrito de Macacos iniciou-se logo no início do século XVIII, com a descoberta do ouro na região. São inúmeras as histórias que definem o nome Macacos para o vilarejo. Com o passar do tempo, Macacos foi se formando, alicerçada, nas atividades de pequena agricultura e comércio de gêneros de primeira necessidade. A extração do ouro durou até meados do século XIX, quando o metal tornou-se escasso e sua extração mais difícil, e isso fez com que a região ficasse esquecida. Entretanto, nas últimas décadas, Macacos teve esse quadro mudado, pois o turismo, principalmente o ecoturismo, turismo de aventura e o turismo gastronômico tornaram-se notórios.
Envolta por rios e montanhas, os turistas encontram em Macacos pousadas, restaurantes que variam desde a tradicional comida mineiro ao típico prato mediterrâneo. (fonte: Google)
Conheça mais sobre o município:
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