Por: Guilherme Lanna
Foto: Site do Colégio Santo Agostinho de Nova Lima
Uma cidade mirim com ruas, postos de gasolinas, semáforos, bicicletas e triciclos representando veículos. Nas pequenas ruas da cidade de “Transitolândia”, as crianças escutam atentas orientações do agente de trânsito: “Atenção! Parada obrigatória! Atravesse na faixa, proibido estacionar, virar a esquerda e direita”. Parece comum, não é? Mas estas regras fundamentais para pedestres e motoristas no dia a dia são importantes também na educação infantil. E é este o papel da Transitolândia Inspetor Pimentel instalada no 5º BPM, em Belo Horizonte. Educar os pequenos através de brincadeiras para formar cidadãos mais conscientes no trânsito.
Quem vai a Transitolândia sabe o parque de diversões que é. Centenas de crianças de escolas e ONGs costumam entupir a cidade fictícia que parece a famosa “hora do rush”. Mas diferente do stress do trânsito real, com seus exemplos de gente mal educada e inconseqüente, na pequena cidade do trânsito, quanto mais cheio de gente mais atentas às crianças ficam. É perceptível o interesse dos pequenos em aprender às regras e tentar cometer menos erros possíveis. “É muito bacana ver nossos filhos interessados e aprendendo as regras de trânsito, mas é preciso que nós, pais, sejamos exemplos para que tudo isso faça sentido”, afirma Douglas Silva, pai de aluno.
HISTÓRIA: A cidade mirim foi criada em junho de 1984, pelo Governador Tancredo de Almeida Neves. O nome Transitolândia Inspetor Pimentel é em homenagem a João Batista Pimentel, cidadão conhecido por educar as crianças de sua época a entender mais sobre como trafegar nas vias públicas de maneira correta e respeitosa. Idealizado e construído pelo, até então, Coronel João César Chiari Campolina, Comandante do Batalhão de Polícia de Trânsito, a Transitolândia, há 27 anos, busca ensinar às crianças a conviverem com os automóveis com objetivo de transformá-las em pedestres e motoristas conscientes. Na Transitolândia, crianças de quatro à 12 anos aprendem regras para pedestres, ciclistas, passageiros de veículos e coletivos com linguagem específica de acordo com cada faixa etária.
Sobre a importância da educação no trânsito, os números provam a necessidade de política de educação nas vias urbanas. A imprudência aliada ao aumento da frota de carros em Belo Horizonte nos 2 últimos anos (1,2 milhão para 1,3 milhões de veículos) fez com que os acidentes crescessem em 10% no ano de 2011. Segundo dados divulgados no Jornal Hoje em Dia, a quantidade de mortes no trânsito também subiu na capital, passando de 180 para 196, salto de 8,8%. Educar desde cedo é fundamental para mudar à realidade no trânsito dos centros urbanos e rodovias. Além disso, uma melhor fiscalização e criação de políticas públicas voltadas para educação no trânsito contribuem para que este processo tenha eficácia.
Quem quiser conhecer a Transitolândia entre com contato no 2123-1276, ou no site WWW.pmmg.mg.gov.br/bptran. O endereço é Av. Amazonas, 6227, Bairro Gameleira, Belo Horizonte / MG.
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