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sexta-feira, 8 de julho de 2011

SAMBALANÇO: VINÍCIUS DE MORAES – 31 anos sem “O POETINHA”


“A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida”
                                                                                                                      Vinícius de Moraes
Texto: Guilherme Lanna  Foto: Escola Macario (Blog)

Hoje, 09 de julho, faz 31 anos que o compositor, poeta, jornalista, diplomata Vinícius de Moraes deixou órfãos os fãs da música popular brasileira. Conhecido como “poetinha”, apelido dado por Tom Jobim, o multiartista carioca tinha o lirismo como grande marca de suas composições. Sobre Vinicius de Moraes, o poeta Carlos Drummond de Andrade afirmou:  "Vinicius é o único poeta brasileiro que ousou viver sob o signo da paixão. Quer dizer, da poesia em estado natural."

Na música, muito dos maiores clássicos da bossa nova foram compostos por Vinicius de Moraes. “Aquarela”,  Eu sei que vou te amar”, “Eu não existo sem você” e “A Casa” são algumas canções mais conhecidas da MPB. O conteúdo das letras e o coração inquieto revelaram a personalidade de Vinicíus, que sempre buscou o amor sincero e uma esposa perfeita.  Ao longo da sua vida casou-se 9 vezes. Tati de Moraes, Regina Pederneiras, Lila Bôscoli, Nelita de Abreu, Lúcia Proença, Cristina Gurjão, Gesse Gessy, Marta Rodrigues e Gilda de Queirós Mattoso foram as esposas do poetinha.

Foram muitas parcerias musicais durante a vida. A versatilidade era uma das grandes marcas de Vinícius de Moraes. Tom Jobim, Baden Powell, Toquinho, Carlos Lyra, Edu Lobo, Chico Buarque, Adoniram Barbosa entre outros, tiveram o privilégio de tê-lo como parceiro. O mais interessante era perceber o estilo das suas obras poéticas e crônicas dentro das composições musicais. Sua contribuição poética musical ultrapassou o limite dos rótulos e enquadramentos. O erotismo, o social e as preocupações espiritualistas foram temáticas da sua faceta criativa.

Na literatura, a obra de Vinícius de Moraes é muito diversificada. Destaque da geração pós modernista ao lado de Schimidt, Cecília Meireles, Murilo Mendes, Carlos Drummond de Andrade e Jorge Lima, era um dos mais jovens desta geração. Naquele período já mostrava habilidade com os sonetos, o que o levaria a consagração, mas preferiu criticar à solenidade. Para isso, começou a ter atitudes anti acadêmicas. Adotou a rebeldia e a liberdade como parâmetro na vida pessoal e nas obras artísticas.

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