Escutem os artistas da QuinTao!

sexta-feira, 22 de julho de 2011


DIA DO AMIGO, DIA DE QUINTAO
Foto: Isaura Paulino
Texto: Guilherme Lanna

Poderia estar cheio? Sim, poderia. Apesar de ser ainda um grande desafio levar público no meio de semana para assistir a uma apresentação, Ricardo Ulpiano encarou o desafio de fazer o show, quarta feira, no Alfândega bar com muito prazer.  Primeiro, porque era o dia do amigo. Assim, ele sabia que alguns estariam presentes para admirar o que é bom quando você convida pessoas queridas para estar no seu quintal, QuinTao.
Em casa, dias antes, Ricardo Ulpiano trabalhou nos arranjos das músicas. Na quarta feira, seria ele com ele mesmo, por isso, precisou fazer este exercício. Quem conhece o cd QuinTao, sabe o quanto é desafiador fazê-lo em voz violão.  Os arranjos são muitos e alguns elementos da música popular são bem marcantes, por isso, era importante encarar. E foi isso que Ulpiano fez. Com muita propriedade, diga-se de passagem.
No Alfândega, passou o som com muita naturalidade. De um lado, o bom e velho violão. Do outro, a guitarra e seus pedais bem ajustados. É engraçado observar os músicos neste formato. Eles tocam suas canções de forma saudosistas e ficam com o pensamento longe, não no sentido de estarem ausentes, presentes, mas de estarem consigo mesmo. Quem é músico sabe. Cada música possui sua época e contexto, por isso, os pensamentos voam.
Após passar o som com “Teatro dos Vampiros” da Legião Urbana, começou a sessão de músicas autorais com Bella É oo lalaiá, lalaía! Ê o lalaiá foi uma ótima maneira de esquentar a noite. Ficou Uma graça um trem bem bacana o arranjo no violão e readequação da voz! Logo depois, veio uma canção chamada Mero.  Esta não está no Cd QuinTao, mas poderia estar.  Tem uma letra forte, beira o introspectivo, mas a melodia dá força a música, excelente.
A terceira canção fez referência às influências latinas de Ricardo.  Escolheu, com muito bom gosto, a música Deseo, do cantor e compositor Uruguaio Jeorge Drexler. É impressionante o lirismo da letra. Vejamos “más y menos,y en el otro extremode esa línea, estás tu”. Lindíssima! É muito interessante mostrar que a música latina passa por outros estilos sem ter o suingue como o carro chefe, e melhor ainda é ver a facilidade que o Ricardo Ulpiano tem com o castelhano, parece à língua nata.
Após a chegada de mais alguns amigos, Ulpiano escuta do público a pedida “Quando você não está aqui”, do QuinTao. Com seus elementos de rock inglês, ela ficou bem adequada no violão também. Quem escuta fica com vontade de entrar no cânone final “Ahrammm Aráaah. Ara arah a rahhh”. Esta música tem uma força natural. Depois veio a participação do Tchululu dos Manolos Funk.  Fiquei sabendo, que ele fica bastante feliz com estes convites! É um formato bastante desafiador , confessa o convidado (risos).  Hai Kay e Calmaria Surround dos Manolos Funk ficaram bem bonitas. O legal é quando a coisa flui, improvisos e desconstruções são feitas muito naturalmente, como foi o caso.

O show seguiu com um energia muito bacana. Próximo Cometa, Santo, Querosene, a belíssima Estanque, entre outras, foram às canções autorais privilegiadas no repertório. Teve homenagem ao Cartola. Destaque para O mundo é um moinho! Que letra maravilhosa. Um pérola da música popular brasileira
Enfim a satisfação foi completa. Para terminar um bom bate papo entre os amigos saboreando um belo macarrão e conversando sobre assuntos esdrúxulos! Tudo sempre termina em riso. É assim mesmo as pessoas se sentem em casa, bem próximas, no QuinTao de um amigo.

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